Queda de cabelo
em mulheres (calvície feminina)
Ao contrário dos homens, nas mulheres a queda de cabelo raramente é hereditária. Mas se no caso dos homens a falta de cabelo é encarada de forma normal pela sociedade, a queda de cabelo em mulheres pode levar a uma ainda maior perda de auto-estima e até a casos de auto-exclusão social. Não obstante, é um problema bastante comum.
Mais de metade das mulheres notam perda de cabelo entre os 60 e os 80 anos, e quase todas verificam quedas ocasionais em situações de stress, na menopausa, ou devido à ingestão de medicamentos, problemas de tiróide, distúrbios hormonais, sensibilidade genética à Dihidrotestosterona, uma hormona que resulta da ação da enzima 5-alpha reductase sobre a testosterona (que também existe nas mulheres), entre outras causas.
Gravidez, pílula e menopausa
A queda de cabelo ocorre de forma natural após a gravidez, não sendo geralmente necessário um tratamento capilar, salvo exceções em que existe um desequilíbrio hormonal e a queda se torna excessiva.
O estrogénio é uma hormona que mantém a mulher serena e estável, caraterísticas importantes durante a gravidez, e também beneficia o cabelo. Ao produzir uma maior quantidade de estrogénio durante a gravidez, é alterado o equilíbrio do corpo para benefício do bebé. Isto interfere no ciclo do crescimento do cabelo: em adição aos novos cabelos, os cabelos velhos caem com menor intensidade, contribuindo para um cabelo forte e brilhante.
No pós-parto, o corpo e as hormonas regressam à normalidade e o cabelo que devia ter caído ao longo da gravidez passa a cair em maior quantidade. A queda do cabelo ocorre geralmente entre o segundo e o sexto mês após o parto, iniciando-se (à semelhança da calvície masculina) a partir da linha da testa, recuando nas têmporas, e ficando mais fino em todo o couro cabeludo. Caso as mães eliminem ou reduzam o período de amamentação, a queda tende a aumentar.
A pílula pode também causar alopecia, pois introduz hormonas sintéticas no corpo: estas desequilibram as hormonas naturais e podem afetar o crescimento ou a queda do cabelo.
Durante a menopausa a produção de estrogénio diminui gradualmente. Em consequência, muitas mulheres verificam que os cabelos ficam mais finos na cabeça, enquanto os do queixo e do buço ficam mais espessos e escuros. Quanto mais rapidamente ocorrer a menopausa mais rápida é a perda de cabelo, criando níveis de angústia e stress que podem agravar a situação.
Queda de cabelo em mulheres - o que fazer?
O primeiro passo é compreender o problema: qual o estado do cabelo e do couro cabeludo, o motivo da queda, a sua extensão e possível reversibilidade. Isto determina qual o tratamento a adotar. Nos casos em que a falta de cabelo é muita extensa, pode ser sugerida uma integração capilar não cirúrgica é fácil, económica, rápida e indolor, sem longos períodos de recuperação ou riscos de saúde.
Em qualquer caso convém agir atempadamente e consultar um especialista, pois champôs, cremes, ampolas e outros produtos vendidos de forma indiscriminada não levam em conta a fisiologia, o histórico de saúde, estilo de vida e outras caraterísticas individuais.
Escala de Ludwig
Tal como a calvície masculina, a queda de cabelo feminina é classificada por uma escala de referência, neste caso a Escala de Ludwig, que consiste em vários estádios progressivos de falta de cabelo.